21/06/2023
MISSÃO URBANA: 3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA VIVÊ-LA
MISSÃO URBANA: 3 CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA VIVÊ-LA
“Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,16). Esse foi um dos pedidos que Jesus Cristo deixou para os apóstolos: a missão de ser luz no mundo. E isso significa viver o Evangelho em todos os ambientes, pois um apóstolo que vive com dedicação e amor a sua missão consegue vivê-la em qualquer circunstância. Mas como viver a missão no ambiente urbano, onde as pessoas vivem em meio a tanta agitação?
O Papa Francisco, na Evangelii Gaudium , além de apontar muitos caminhos interessantes para a experiência evangelizadora no mundo em que vivemos, menciona a pregação informal como missão e dever diário de todos. Um gesto altamente aplicável e necessário nos contextos urbanos. “É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, em um caminho” (EG, n. 127).
Confira, neste texto, as principais características necessárias para dar passos na evangelização urbana.
1 - Ter ciência da urgência da missão
Que todos os cristãos - leia-se aqueles que são batizados - são enviados por Jesus a anunciar o evangelho é fato. Um ponto importante, no entanto, é a consciência de que este anúncio se trata de uma questão urgente e necessária.Diariamente, é possível acompanhar o sofrimento das pessoas que convivem conosco, os noticiários, a iminência das guerras. Saber de todas essas coisas não deve ser um motivo de medo ou desesperança. A exemplo dos discípulos, encontrados pela força da ressurreição de Cristo, o cristão deve, com leveza e segurança, se posicionar nos contextos sociais como portador Boa-Nova.
2 - Estabelecer um diálogo verdadeiro
Cada cidade é diferente, cada bairro, cada família. Então, não deixe que a vontade de falar sobre o Evangelho seja maior do que a própria mensagem contida nele: de acolhimento, caridade, empatia e verdade. Muitas vezes, nossa primeira postura deve ser a de realizar uma escuta verdadeira para, só depois, pensar em agir ou mesmo responder de algum modo.“Nesta pregação, sempre respeitosa e amável, o primeiro momento é um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração. Só depois desta conversa é que se pode apresentar-lhe a Palavra, seja pela leitura de algum versículo ou de modo narrativo, mas sempre recordando o anúncio fundamental: o amor pessoal de Deus que se fez homem, entregou a si mesmo por nós e, vivo, oferece a sua salvação e a sua amizade” (EG, n. 128).
3 - Ter intimidade com Deus e sua Palavra
“Falar com o coração implica mantê-lo não só ardente, mas também iluminado pela integridade da Revelação e pelo caminho que essa Palavra percorreu no coração da Igreja e do nosso povo fiel ao longo da sua história” (EG, n. 144).A autoidentificação do cristão como um missionário é um ponto importante e isso faz diferença do ponto de vista da experiência cotidiana de sua vida: a missão nos contextos urbanos, no dia a dia, não é como aquelas ocasiões extraordinárias em que se decora um roteiro, mas algo que se vive – ainda que sob esforço consciente – naturalmente. E para que seja uma resposta coerente, é importante que se viva constantemente a intimidade com o Senhor e o que Ele revela por meio do magistério da Igreja e as Sagradas Escrituras.
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